no head Antagonismos: junho 2006

Antagonismos

sábado, junho 24, 2006

vAntagem mEtafísica

" A nossa alma pertence ao Mundo da Ideias, onde só subsistem os conceitos mais básicos e munidos de carácter perene e universal, ela é única e eterna ", ou pelo menos era o que alguém dizia, e até acredito que assim o seja. A nossa alma não aceita a morte, ela vive em nós e fora de nós, para sempre, alterando-se conforme os outros conceitos em nosso torno, que em volta do mesmo vão girando, acontecendo e transformando.
Não creio numa personalidade inalterável, ela metamorfoseia-se, é claro que o conceitos podem permanecer, mas não aceitar a mudança dos mesmos é não aceitar a operância do tempo em nosso crescimento. A personagem que desempenhamos neste Mundo não é fictícia, é real e somos nós que a vivemos, como tal seria absurdo engendrarmos uma peça, uma vida, sem demonstrarmos alterações, seria uma existência para " inglês ver ". Tudo na vida nos altera e nos persuade, tanto a banir alguns conceitos, como aditá-los ou até alterá-los.
A virtude da nossa maneira de viver, consiste em saber ser capaz de aceitar as mudanças, agora se as procedemos em moldes correctos ou não, isso já são factos que teremos de aprender a conviver com.

" Sem mudança o ser é um pedra e vive sem o saber, não perder a esperança no Amor, já significa uma mudança, uma subida para um posto onde só habitam os que têm mais força para contrariar a dor... "

segunda-feira, junho 19, 2006

Não-Mudança

Lembro-me de quando tinha 10 anos, era Verão, estava em Sesimbra. Todos os dias lanchava sobre o mesmo tabuleiro, tinha vários desenhos, cada um fazia-se acompanhar por um número, número esse que para mim era o passar dos anos, a minha idade. Havia um que era o super-homem e eu já tinha passado pela idade correspondente, e agora o desenho mais almejado eram 2 trapezistas num 10, nesse Verão fiquei contentíssimo por ter chegado aos 10 anos, algarismo com 2 dígitos, com 2 trapezistas, o último número dessa sequência representada no tabuleiro.

Há dois dias, fiz 20 anos. E sinto que não mudei rigorosamente nada: ainda acredito no amor, e continuei a acreditar firmemente, que no escuro se esconde qualquer coisa paranormal.